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SUPER QUEM?

SUPERQUEM pode ser considerado uma sátira francesa a filmes de super-herói, mas é uma comédia que vai além disso. O filme transita entre o besteirol e a ideia de que todos temos um superpoder interior.

Lançado em 2021 mas que só chegou agora no Brasil, conta a história de um ator fracassado, Cedric (Philippe Lacheau), que consegue, por acaso de destino, o papel para protagonizar um filme de super-herói chamado “Badman”.


Enredo engraçado, mas nem tanto

A abertura é inspirada na dos filmes da Marvel mas existem outras referências, como a famosa dança na escadaria do filme Coringa e o próprio Coringa do Heath Ledger como vilão, o treinamento na academia, Os Vingadores, She Hulk, o beijo famoso de Homem Aranha e o “Badmóvel”. Isso pra ficar apenas em alguns dos easter eggs.

Depois de gravar algumas cenas do filme, Cedric recebe uma mensagem da irmã e corre em direção a ela. No caminho, sofre um acidente, perde a memória e é aí que a trama começa.

Ele saiu do set de filmagem com vários itens do figurino e do cenário, e com a perda da memória, a forma com que a história vai sendo construída a partir desses elementos é hilária. Cedric encontra um propósito na vida, mesmo que seja tudo baseado em uma mentira.

Personagens, caracterização e outros aspectos

Quem está em busca dele é a irmã Éleonore (Élodie Fontan), que é policial, e dois amigos. Estes, depois de acionados pela equipe do filme, procuram o irmão. A irmã dele, inclusive, é uma personagem bem bacana.

Os outros personagens são meramente secundários, sem fazer nada memorável a ponto de lembrarmos deles quando o filme termina. Um dos amigos de Cedric, por exemplo, apesar de aparentar ter mais de trinta anos, se comporta como um adolescente e isso é cansativo. Há também uma Zoey Deschanel “genérica” (Alice Dufour) que deixa tudo ainda mais caricato.

A caracterização do herói, vivido por Cedric, ficou muito bacana! É repleta de elementos dos heróis da tv e dos cinemas mesmo: uma mistura de Batman mas com texturas e relevos no tecido que, além de deixar o traje mais flexível, dão robustez ao que o Badman representa.

A trilha sonora é boa também. Intercala músicas pouco conhecidas por nós aqui com outros clássicos como Survivor de Destiny ‘s Child.

As coreografias de luta são bem dirigidas, o que leva a crer que os outros aspectos galhofas do filme são propositais. Bem, espero que seja.

SUPER QUEM é isso: ao mesmo tempo que brinca com o fato de um ator que consegue o papel de super-herói por acaso, também faz piada com o fato de Cedric não saber quem ele mesmo é. Não há nenhuma lição grandiosa de moral no filme e, sinceramente, nem precisa ter: se você se divertir, acredito que SUPER QUEM já terá cumprido o seu papel.

SUPERQUEM Vale a pena?

O filme funciona bem como comédia. Tem um formato diferente das comédias estadunidenses que costumamos assistir, embora tome emprestado um pouco dessa essência.

É um filme intencionalmente “bobinho”, com piadas a la American Pie e, sinceramente, sequer parece que pretende ir além. Isso não faz dele ruim, mas SUPERQUEM não traz nada de novo a ponto de ser considerado uma comédia imperdível que satiriza o sonho das pessoas de se tornarem super-heróis na vida real.


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