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O Mar da Tranquilidade – Crítica sem spoiler

A Netflix tem investido bastante nos doramas, ou produções do leste asiático para aqueles que não estão familiarizados com a palavra. Estas produções têm um formato parecido com as séries norte-americanas, que são bem populares aqui no Brasil. A história geralmente gira em torno apenas de um núcleo principal e na maioria das vezes não costuma ganhar continuações. Diante dessa introdução vamos falar da série com produção coreana que surpreendeu diante da qualidade narrativa e visual.

O Mar da Tranquilidade entrega uma história de mistério e drama na medida certa, logo no primeiro episódio, que é importante ressaltar que é o mais lento e longo, nos apresenta todos os personagens e o objetivo da missão que tem como prioridade ir a lua resgatar uma amostra. A série, no entanto, engata, e nos sete episódios seguintes, entrega um desenvolvimento mais dinâmico, cheio de mistérios e ação. Permitindo que o espectador enxergue aos poucos o desenrolar do enredo, que é muito bem escrita pela roteirista Park Eun-kyo (autora do filme Mother, de Bong Joon-ho) e com a ajuda de efeitos visuais, CGI, que são muito bem-feitos e não deixam nada a desejar para se comparado as produções americanas com muito mais orçamento, contribuem para manter o espectador conectado a história.

Sem entrar muito em detalhes sobre a trama, além de toda dificuldade encontrada pela equipe, há algo de terror e suspense que o enredo articula sobre as dificuldades e mistérios que os tripulantes encontram na base lunar. A ideia da missão é resgatar uma amostra que está nessa base lunar que se encontra desativada. Já na terra no primeiro episódio podemos ver que há escassez de água no mundo, um elemento essencial para a vida, e que com sua falta, divide a sociedade entre graus de privilégio, onde cada indivíduo dependendo do seu grau, ou nível, tem uma quantidade diária para receber de água. Um futuro distópico que nos leva a refletir sobre a situação, as dificuldades e problemas com a qual essa realidade impactaria no mundo.

Diante disso podemos ver que cada um da tripulação tem motivos diferentes para estar nessa missão de alto risco, a princípio vamos acompanhando a Dra. Song (Bae Doona, de Sense8), mas no decorrer da serie vamos nos aproximando dos outros personagens com seus dilemas e conforme a tripulação encontra adversidades e descobre detalhes sobre os tais experimentos e o tal acidente que desativou a base, destrinchamos também os seus passados, especialmente o do capitão Han (Gong Yoo, de Round 6) e assim vamos mergulhando na historia que nos faz pensar e refletir sobre as decisões que a tripulação é forçada a tomar.

Com um elenco sólido e cheio de rostos conhecidos a série coreana da Netflix pode começar de forma lenta a construir o seu drama, mas pega embalo e segue numa dinâmica crescente, cheio de surpresas e bons diálogos até o final. 

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