top of page

Crítica: Tomb Raider – A Origem









E aí seus geek maluco?


Tivemos a oportunidade de conferir em primeira mão o filme “Tomb Raider”, e vamos compartilhar com vocês, sem spoilers, o que achamos desse filme.

Se você não tá muito por dentro sobre o assunto, clica  aqui pra ver o que já postamos quando o primeiro trailer saiu, no ano passado. E para esclarecer que não traremos spoilers do filme aqui, vamos passar rapidamente pela história da personagem nos games.

Lara Croft é uma desbravadora de tumbas, ofício que aprendeu e herdou de seu pai, Richard Croft, junto com a herança e a fortuna dos Croft. Perdeu a mãe ainda criança e o pai, quando já grandinha. Com essa fortuna, Lara pode se dedicar ao que mais ama: procurar relíqueas, explorar tumbas, ruínas e antiguidades, procurando por artefatos lendários, mágicos ou até, quem sabe, salvar o mundo.  Enquanto isso a sua fortuna é administrada por outras pessoas e a mansão Croft, pelo seu mordomo, Winston (que coitado, já foi trancado várias vezes no freezer por muitos de nós, mas passa bem apesar disso). Esse pano de fundo é usado pelo filme, afinal, pra quê criar uma nova Lara Croft se o background dela já é bem legal?

Contexto O filme começa nos apresentando quem é Lara (Alicia Vikander), uma jovem que se recusa a herdar e assumir os compromissos da família mesmo após anos do presumido falecimento do pai (Dominic West). Mesmo com uma fortuna esperando por ela, Lara mora no subúrbio de Londres, trabalha como entregadora e nas horas vagas treina pesado lutas corporais e outros esportes.  Essa Lara Croft não tem tempo para os “namoradinhos”.




Sentimos que Lara é insistente e não costuma desistir fácil, mesmo quando tudo parece estar perdido. Seus treinadores e sua colega de ringue conhecem bem a sua personalidade, tanto que depois de um “sparring” a moça procura Lara e pergunta se está tudo bem entre elas. “Tudo bem o escambau”, deve ter sido o que ela pensou, engolindo o orgulho.

Depois somos levados a várias cenas entre o dia a dia de Lara, a forma com que ela vive sem ser quem ela realmente é e a insistência da sua tutora, Anna (Kristin Scott Thomas), que insiste para que Lara aceite a morte do pai e assuma o lugar deixado por Richard. Quando Lara decide finalmente assumir esse papel, indo numa espécie sede das empresas pertencentes ao pai para assinar os documentos, recebe um puzzle e uma charada que foi deixado pelo seu pai junto com o testamento. Inquieta, deixa a papelada de lado e começa a decifrar o puzzle, dando início assim a aventura que norteará o filme.




Inspirando-se no enredo do jogo “Tomb Raider” (2013), em que Lara começa a sua carreira como arqueóloga e exploradora, a aventureira aqui inicia uma expedição para uma ilha no Japão, tentando encontrar pistas sobre os mistérios que existem no local, que ela suspeita ser o reino perdido de Yamatai, onde há a lenda da Rainha Himiko, com poderes sobrenaturais. Até aqui, nenhuma novidade para quem está por dentro dos jogos.

Tal qual no jogo, Lara e seu companheiro, Lu Ren “Júnior”(Daniel Wu) enfrentam uma tempestade em alto mar, na qual ela sobrevive mas é surpreendida com um pequeno inconveniente. É a partir desse pano de fundo que a história toma um rumo pouco diferente, mas sem sair da inspiração criada pelo jogo de 2013, contando, claro, com muita ação, elementos novos na história e uma reviravolta interessante no meio do filme (que a gente não espera mesmo até que ela começa a acontecer e fica bem óbvia).

Nossa opinião Honestamente, o filme trouxe tudo o que eu esperava, ansiosamente, ver nas telonas. Alicia Vikander é uma excelente atriz e trouxe uma Lara Croft nova, com fraquezas e defeitos, além das qualidades como coragem e impetuosidade, que não admite ser subjugada por ser mulher, pois ela acredita ser capaz de fazer qualquer coisa, fazem da personagem o que ela é. Em meio a isso tudo, Vikander nos passa um lado doce de Lara, que sente muito a perda do pai, se importa com os outros em primeiro lugar e que, mesmo tendo falhado e causado problemas, sabe pedir desculpas quando está errada.

Não espere um filme voltado apenas para um público que pretende admirar as curvas da personagem. Lara Croft foca na personagem em si e no que ela representa para o mundo a seu redor, o qual não é novidade pra quem já teve contato com os games, mas pode ser pra quem conhece a heroína apenas dos filmes da Angelina Jolie. Claro, o trabalho da Angelina Jolie tem de ser respeitado. Era o que tinha na época, com a demanda da época e dentro do que a produção esperava vender na época, mas os tempos são outros.

O mundo não clama mais por uma heroína com enchimento nos peitos, o que queremos é uma personagem humana, que sente dor, machuca, que sangra (calma, não é referência ao Superman aqui), que chora, ri, que tem problemas, é teimosa, “turrona” e aceita qualquer desafio, se isso for um meio para ela chegar aos seus objetivos. Uma personagem que sobrevive a tudo o que ela passa. Nossa Lara está viva!




Não podemos esquecer que nós, fãs, trabalhamos com fan service. Aqui no PãoGeekeijo não é diferente. A cena das armas com o clássico par de HK USP Match de 9mm e Lara com a trança longa, que já comentamos no post linkado no início, foi legal mas poderia ter coisa melhor, como um passeio por dentro da mansão ou até a música clássica dos games. Porém, considerando ser um dos únicos momentos que a personagem terá contato com uma arma de fogo, a cena foi uma homenagem bem legal. Algumas cenas dos trailers sofreram modificações, para a minha tristeza. Vocês vão se lembrar disso quando virem uma das cenas finais e olharem para essa imagem:




Mesmo assim existe muito “fan service”, principalmente considerando o jogo de 2013, como a câmera simulando o jogo em primeira pessoa, puzzles, relíquias, o colar verde, o arco e flecha, as bandagens no braço e na perna e o machado de escalada, na cor vermelha e, porque não mais clássicos, como a mochila que cabe tudo e a mansão Croft (só por fora). Saca só essas imagens:




Cata também essa referência aqui:



Qualquer semelhança com esse pôster … é proposital mesmo.






Tomb Raider

Tomb Raider (filme)

Desafio vocês, ainda, a me dizerem quem é Lu Ren “pai”, que aparece rapidamente numa cena. Também, tal qual como no jogo de 2013, Lara não usa nenhuma arma de fogo, se virando com um arco e flecha e com o machado de escalada, além do próprio corpo, descendo o cacete (e também apanhando) nos combates corpo a corpo. Apesar de ser uma mulher lutando contra homens, essas cenas são bem convincentes, uma vez que a personagem não executa nada absurdo.

CLAAAARO que tem alguns pontos ruins, mas deixam de ser relevados pelo contexto da história e pelo ritmo, alternado em muita ação, pausas para respirarmos e mais ação.

O filme está disponível para IMAX, 3D e normal. Porém, para IMAX alguns efeitos especiais, especificamente das cenas no rio, é possível ver os defeitos, aquele efeito “barato” com contrastes evidentes entre a iluminação da atriz e do cenário, criado com “Chroma key”. Pode ser que fora do Imax esses defeitos passem imperceptíveis, então fica a dica. Todos os demais (que não são muitos), com uma falha ou outra, podem passar desapercebidos e se você deixá-los de lado, uma vez que não atrapalham a história, certamente sua experiência com o filme vai ser melhor. Depois de tudo isso, vocês já devem saber o que achei desse filme! É excelente e vale sim o seu ingresso! Enfim mais uma adaptação de games que é boa de verdade!

Acredito que vá agradar tanto fãs do jogo quanto pessoas que só conhecem essa personagem pelo nome! E não, isso não é Marvel então não tem cena pós créditos, tem é uma cena depois do final que é um possível desfecho para uma sequência (a qual eu quero muito que aconteça).





© 2017 PaoGeekeijo PÂOGEEKCAST

0 visualização0 comentário

Comments


bottom of page