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Crítica: Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo! (Sem Spoilers)

Mamma Mia, here I go again. My my, how can I resist you?”

Sim, lá vamos nós de novo para cantar, se emocionar e se divertir com a sequência que chega após 10 anos do lançamento do primeiro longa e desta vez sob a direção de Oil Parker (O Exótico hotel Marigold 2).

Desta vez, Sophie (Amanda Seifrield), está reinaugurando o hotel da mãe, Donna (Meryl Streep), que havia falecido um ano antes, e enquanto enfrenta os desafios desta nova fase e tenta conviver com a dor da perda mãe, tenta se reconciliar com seu esposo Sky (Dominic Cooper) que parece não querer mais viver na ilha.

Enquanto vemos Sophie lutando para que a inauguração do hotel seja um sucesso, com o apoio do misterioso gerente Fernando (Andy Garcia), as melhores amigas de Donna, Tanya (Christine Baranski) e Rosie (Julie Walters) chegam para lhe dar apoio.

Sophie, que já havia lido o diário da mãe no passado, começa então a relembrar toda a história de Donna e, neste ponto somos transportados aos anos 70 para conhecer sua irreverente trajetória (interpretada neste ponto por Lily James) o momento de sua juventude em que conhece os jovem Harry (Hugh Skinner), Bill (Josh Dylan) e Sam (Jeremy Irvine), que se tornariam os 3 pais de Sophie, bem interpretados no tempo presente por Pierce Brosman (Sam), Colin Firth (Harry) e Stellan Skarsgard (Bill).

E nessa viagem ao passado e ao presente somos presenteados com performances divertidas de sucessos da banda Abba, tal qual no primeiro longa.

O que achamos

Após 10 anos de intervalo Mamma Mia: Here we go again, volta com a mesma proposta: é suave, despretensioso e muito divertido. Temos mais um pouco do extenso repertório da Abba e a regravação dos clássicos que aparecem no primeiro: com novas interpretações e em novas situações.

O elenco está impecável, uma escolha bem estruturada não somente pelas incríveis performances, mas especialmente pela sintonia entre eles. Os atores jovens que representam as personagens mais velhas são incrivelmente caricatos e envolventes. Um destaque especial para a maravilhosa Lily James que domina a cena e mostra exatamente a Donna jovem que sempre imaginávamos no primeiro filme: revigorante, alegre, sexy e com uma energia exuberante.

Amanda Seyfrield leva a personagem a um novo patamar: está mais madura e introspectiva, o que reflete exatamente o momento que vivencia no longa. É interessante perceber que agora ela toma a posição da mãe e que a mãe, quando jovem, era exatamente como ela era.

E temos Cher. Ela não precisa fazer muito, porque gente, é a Cher! Sua aparição, em uma cena de extrema importância faz qualquer fã nostálgico dos anos 80 se arrepiar, e sua performance de um dos clássicos do filme é simplesmente incrível.

A trama do filme é engraçada e leve. Porém algumas cenas performáticas no meio da história ficaram exageradas e forçadas demais. Felizmente, o filme consegue voltar nos eixos com os momentos finais resgatando o humor romântico do primeiro.

Alguns erros provavelmente passarão despercebidos já que estamos falando de 10 anos de intervalo, mas sempre há o risco de fãs do longa se sentirem incomodados: um deles se refere a caracterização dos amores de Donna no passado: enquanto no primeiro longa Bill era representado por um hippie cabeludo e descuidado, na sequência ele se transforma em um playboy sarado com olhar sedutor. Já Harry que antes fora retratado como um punk que trajava roupas pretas e pintava os olhos, aparece como um nerd atrapalhado.

Contudo, os erros da continuação não ofuscam o brilho do musical que continua encantando com sua história e músicas imortais: o repertório da Abba vai ilustrando os momentos e nos faz viajar e nos apaixonar.

Ainda sim, Meryl Streep faz uma grande falta no filme. Ela está lá, como uma presença forte, a alma de tudo o que se foi, mas ainda sim é como se em todas as cenas faltasse algo especial para aparecer. E, como um presente aos fãs, somos surpreendidos com uma linda cena final de encher os olhos, em Donna faz um dueto com a filha.

Mas, afinal é bom?

Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo é uma comédia romântica linda e contagiante. Um musical despretensioso e leve em sua essência para curtir um dia no cinema e sair com aquele sorriso no rosto.

Por isso damos 8 pães de queijo em 10, bem quentinhos!

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