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Crítica: La Casa de Papel

“È questo il fiore del partigiano ,o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!” 

Crítica: La Casa de Papel



A mais nova série queridinha do público brasileiro chegou de forma arrebatadora! Na verdade, trata-se de uma minissérie Espanhola criada por Álex Pina para a rede de TV privada Antena 3. Ela estreou em 2 de maio de 2017 na Espanha com 15 episódios de 70 minutos e foi integrada ao catálogo da Netflix em 25 de Dezembro do mesmo ano. A Netflix optou por enxugar tanto a duração quanto o número dos episódios realizando um corte para que os mesmos ficassem entre 40 e 50 minutos e chegassem a um número de 13 na parte um da primeira temporada. A segunda parte que conta com 6 episódios, tem previsão de estreia em 6 Abril de 2018 e promete fechar esta aventura de maneira eletrizante.

A proposta é ousada: assaltar a Casa da Moeda da Espanha. Para isto, El Profesor (Álvaro Morte), convoca oito pessoas muito distintas entre si, mas com as habilidades certas para executar seu plano mirabolante. Os escolhidos devem respeitar três regras: sem nomes, sem perguntas e sem relações pessoais. Com o intuito de seguir as orientações do Professor, eles escolhem nomes de cidades como seus pseudônimos: Tóquio (Úrsula Corberó), Berlim (Pedro Alonso), Moscou (Paco Tous), Denver (Jaime Lorente), Rio (Miguel Herrán), Helsinque (Darko Peric), Oslo (Roberto García) e Nairóbi (Alba Flores).




Cada um dos integrantes do seleto grupo tem talentos específicos: Tóquio (destemida e persuasiva), Berlim (mestre em assaltos e encarregado de executar o projeto), Moscou (perito em qualquer ferramenta industrial), Denver (bom de briga, uma bomba relógio), Rio (programador, responsável pelos alarmes e eletrônicos), Helsinque e Oslo (cuidam do armamento) e Nairóbi (especialista em falsificação). Eles precisam trabalhar em conjunto e exercer as funções de forma coordenada para que a grande operação funcione.

Os fatos são apresentados sob a perspectiva de Tóquio que nos leva a entender a motivação e a interação dos componentes da gangue e contribui tanto para um aprofundamento quanto para uma identificação com os mesmos. Através de flashbacks, acompanhamos o planejamento do assalto ao longo dos 5 meses nos quais eles estudaram assuntos diversos e receberam lições sobre situações que poderiam ocorrer durante a execução do mesmo.



Já durante o assalto, vemos como a equipe responde à pressão ao lidar com os sessenta e sete reféns e interagir com as forças da Polícia de Elite. Além do ponto de vista dos ladrões, também conhecemos fragmentos da vida tanto dos reféns quanto dos policiais que estão à frente do caso com direito a muito drama, traição, paixão, resistência e escolhas inesperadas. Destaque para a Inspetora Raquel (Itziar Ituño), responsável pela negociação, que além de lidar com sua vida pessoal conturbada tem que enfrentar os intempéries de trabalhar numa corporação essencialmente masculina e que desmerece seu trabalho.


E é aqui que se instaura o conflito no espectador. Para quem torcer? Polícia? Reféns? Ladrões? Quem está certo? Quem são os mocinhos?  Quem são os bandidos? Neste ponto já estamos tão seduzidos pelos “nossos sequestradores” que torna-se inevitável não torcer pelo sucesso deles!


A dinâmica entre o Professor e a Inspetora Raquel (Itziar Ituño) durante a negociação de soltura dos reféns é extraordinária. A forma como o Professor calculou todas as variáveis de forma cuidadosa antecipando os passos da polícia é magistral! Porém, ele não contava com o componente humano e suas surpresas…




As viradas de roteiro bem boladas nos deixa curiosos e nos incita a assistir ao próximo episódio sem pestanejar. A fotografia é muito bem feita, aliada aos efeitos sonoros e movimentos de câmera contribui para criar a atmosfera necessária de suspense e tensão. As cenas de ação são empolgantes! Os personagens bem trabalhados e com interpretações impecáveis são o grande trunfo da obra. Destaque para os atores Pedro Alonso (Berlim), Álvaro Morte (Professor) e Paco Tous (Moscou) que estão primorosos! Tenho somente duas observações: a primeira é referente a alguns diálogos muito longos que quebram um pouco o ritmo da série e a segunda é Arturito. (entendedores entenderão)

Existe também paridade com algumas obras tais como Onze homens e um segredo (1960/2001), Prison Break (2005), Breaking Bad (2008) além de apresentar referências sutis e também diretas a Cães de aluguel (1992), obra prima de Tarantino, que certamente serviu de inspiração para Pina sendo, portanto, homenageado pela série. Estes são todos os ingredientes do pacote de sucesso de La Casa de Papel.



Após aquele final que nos deixou de boca seca, resta-nos agora esperar pela  segunda parte da primeira temporada em Abril. ¡Vale!



Sirvo 5 pães de queijos para La Casa de Papel  ¿CÓMO TE SUENAN?  







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