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Crítica: Entre Irmãs


Ambientado entre os anos 20 e os anos 30 no interior do recife durante o período do cangaço, o filme que estreia nesta quinta 12/10 foca na trajetória de duas irmãs seguindo caminhos diferentes ao longo da vida e encarado seu destino cheio de surpresas.

Dirigido por Breno Silveira ( Dois Filhos de Francisco), o longa é baseado no livro A Costureira e o Cangaceiro de Frances de Pontes Peebles, e surgiu de uma vontade que Breno tinha de filmar a história de Lampião de um ponto de visto que não fosse o do próprio Lampião. Veio então a ideia de adaptar o livro, que não é uma biografia de Lampião e Maria Bonita, mas ilustra bem como era o cenário do cangaço naquela época.

O filme mostra a jornada de duas irmãs Emília (Marjorie Estiano) e Luzia (Nanda Costa), desde criança já fica clara a diferença da personalidade das duas, Emília sempre sonhadora e com esperanças de se casar e mudar para capital, enquanto Luzia sempre foi uma moça mais bruta e pés no chão, sem muitas expectativas para o futuro. O destino das irmãs se separam quando o cangaceiro Carcará (Júlio Machado) chega com seu bando e decide levar Luzia com eles, devido ao seu jeito bruto. E é daí que começamos a ver as duas irmãs encarando seus destinos passando por uma jornada que envolve vários temas como amor, provação e autoconhecimento.




Algo interessante que o filme nos mostra é que na maioria das vezes aquilo que sempre sonhamos, pode acabar não sendo tão lindo quanto imaginávamos, e por outro lado, também mostra que mesmo que a situação não esteja tão favorável, podemos tirar algo proveitoso desta situação e se adaptar a ela enquanto não temos uma saída melhor. Tudo isso fica muito bem apresentado graças a montagem do filme, que vai sempre intercalando cenas de momentos cruciais das protagonistas mostrando a dualidade da vida das duas.

Por ser um filme longo (2hs40min) em alguns momentos é notável que Breno acaba perdendo um pouco do ritmo do filme, o que acaba nos fazendo dispersar do filme em alguns momentos, principalmente quando o roteiro coloca em foco certas subtramas que não foram muito bem apresentadas anteriormente. Um ponto forte do filme é a trilha sonora, que está ali na medida certa, sempre acompanhando o ritmo da ação ou o grau de emoção que a cena pede.




Apesar de ser um filme de época, Entre Irmãs consegue ser um filme atual por abordar vários temas que estão em voga na nossa sociedade, como preconceito, política e homossexualidade. É um filme tocante e emocionante que mostra a força da mulher e nos ensina que cada um tem seu destino, e que na vida temos que carregar nossos próprios fardos.

Entre Irmãs estreia nesta quinta 12/10 nos cinemas de todo o Brasil

sirvo Três pães de queijo e meio bem quentinho por mais esse belo filme de Breno Silveira.



Assista o trailer:





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