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Crítica Barbie | Sem Spoilers

O filme inspirado na famosa boneca de plástico tem roteiro de Greta Gerwig e Noah Baumbach e direção de Greta Gerwig. Estreia dia 20 de julho nos cinemas de todo o Brasil.

Barbie (Margot Robbie) está vivendo sua vida “normal” de boneca na Barbielândia, onde tudo é perfeito e as Barbies podem ser tudo o que quiserem, quando começa a notar algumas coisas estranhas acontecendo (e seus pés ficando chatos). Sem saber o que fazer, Barbie recorre à Barbie Estranha (Kate McKinnon), que é aquela boneca velha, rabiscada, com cabelo cortado, que muitas meninas têm na infância. A Estranha revela à Barbie que ela deveria ir ao “mundo real” para resolver os problemas da sua criança.

Ao chegar no mundo real junto de Ken (Ryan Gosling), Barbie descobre que esse mundo não é ideal como a Barbielândia e que, na verdade, é dominado por homens, incluindo a Mattel, empresa que fabrica a boneca. Ken, no entanto, descobre o machismo e o patriarcado e volta para Barbielândia, levando essas novas ideias para os demais Kens.

O filme apresenta um universo de brinquedo perfeito, onde todas as Barbies vivem vidas perfeitas, em paralelo com o mundo real, onde tudo é imperfeito, principalmente para mulheres e meninas. De maneira genial, os cenários da Barbielândia são todos artificiais, como nos brinquedos relacionados à boneca, o “espelho” vazado, os ambientes e roupas que mudam sem explicação, o carro que não tem motor, o chuveiro que não tem água, assim como a piscina e o mar, que tem ondas fixas de plástico. E tudo muito cor-de-rosa e/ou em tons pastéis.

Como uma boa sátira, o longa ri do mundo e de si mesmo, debochando da própria boneca e da empresa responsável por ela, sobrando até para Ruth Handler, inventora da Barbie e fundadora da Mattel. Com críticas pontuais e inteligentes sobre o sistema, mas feitas de maneira leve e engraçada, algumas mais sutis e outras bem escrachadas, é uma comédia bem trabalhada, de fazer a sala de cinema toda rir em voz alta.

A variedade de Barbies e Kens é um ponto interessante do filme, tendo personagens de diversas aparências, com diferentes tipos de corpos, incluindo até mesmo Allan (Michael Cera) e Midge (Emerald Fennell), “amigos” de Ken e Barbie, respectivamente, e outros bonecos descontinuados.

Não é possível falar de Barbie, sem falar da atuação de Margot Robbie e Ryan Gosling, ques estão absurdos nos seus papéis, mostrando seus talentos para comédias pastelão. Destaque também para a atuação de Simu Liu, Kingsley Ben-Adir e Ncuti Gatwa como Kens e Sharon Rooney, Issa Rae (Barbie Presidente) e Kate McKinnon como Barbies.

Para mim, Greta Gerwig acertou em cheio com esse filme, candidato forte a melhor filme do ano, da década, quiçá do século. Valeu o hype!

Nota: 100/10

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