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Crítica | A Morte do Demônio: A Ascensão

Ainda me lembro como se fosse ontem de quando assisti ao meu primeiro filme de terror ainda na minha infância. Tratava-se de um filme em que alguns jovens iam passar um fim de semana em uma cabana no meio do nada e encontravam um livro, que ao ser lido, despertava um mal ancestral que ia possuindo cada um dos jovens tocando o terror até que não sobrasse mais ninguém. E foi assim que começou meu amor pelo gênero terror/horror e pela franquia Evil Dead, criada pelo jovem e ainda inexperiente Sam Raimi lá no início dos anos 80. Ao longo dos anos a franquia ganhou força e cresceu, tendo mais sequências, jogos de videogame, uma série e um remake em 2013 que até hoje divide os fãs. Agora depois de alguns anos Evil Dead retorna com a produção de Sam Raimi e Bruce Campbell (astro e praticamente garoto propaganda da franquia).

Nessa nova “reimaginação” da história original, fica difícil identificar se o filme se trata de um reboot ou uma continuação (ignorando o de 2013, que é um remake), pois, ao mesmo tempo que o filme segue todas as regras e mitologias da franquia, ele dá a entender que os eventos do filme podem muito bem se passar no mesmo universo de Ash, pois há sim um livro maldito dos mortos, mas ele não é o famoso Necronomicon (livro da trilogia original), e ainda é dito que esse livro se trata apenas de um volume de uma trilogia de livros malditos, onde pode ser encaixado que o Necronomicon de Ash é mais um dos volumes e ainda temos outro perdido a ser encontrado, o que deixa brecha para futuramente situar esse filme no universo de Ash e incorporá-lo a essa nova fase da franquia.

Mas vamos ao que realmente interessa, o filme tem a essência que Evil Dead pede? E a resposta é SIM! Como já disse, o filme pega a “cartilha Evil Dead” e aplica ela direitinho no roteiro, então podem esperar um terror/ horror com muito gore, possessão, desmembramentos, exageros, cenas agoniantes e sangue, MUITO sangue. Um ponto interessante, e faz esse filme se distanciar um pouco dos outros, é que desta vez saímos do ambiente de floresta, para um ambiente urbano. O filme todo se passa num prédio velho sinistro que não deixa nada a desejar, comparado a clássica cabana do filme original.

Sem dúvida alguma o grande destaque do filme é a excelente atuação de Alyssa Sutherland, que é a mãe possuída que aterroriza a irmã e os filhos. Alyssa consegue fazer umas caras de maluca psicopata como ninguém, sua personagem parece uma versão demoníaca da Arlequina de Margot Robbie. Ainda nos aspectos técnicos, o filme conta com bons efeitos especiais, uma direção até bem competente, que muitas vezes homenageia o estilo de filmagem de Sam Raimi, com os famosos planos holandeses e as clássicas tomadas em primeira pessoa com steadicam, simulando a visão do mal.

Apesar de ter uma trama bem simples e um ponto bem franco com relação à descoberta do livro, acredito que o filme vá agradar bastante os fãs da franquia e os fãs de horror. Para mim o filme funcionou mais do que o remake de 2013 e tem tudo para ser um novo recomeço para essa franquia que mudou a história do gênero lá no início dos anos 80.

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