Saudações queridos nerds! Já conferimos "Coringa: Delírio a Dois", que estreia nessa quinta-feira (03 de outubro), e traz a história do casal mais insano dos quadrinhos: Arlequina e Coringa.
Dirigido por Todd Phillips a partir de um roteiro que escreveu com Scott Silver, o longa veio com a promessa de que seria um musical, o que deixou muita gente com baixas expectativas sobre a continuação.
Porém, a parte musical não foi, nem de longe, o maior problema dessa produção. Ficou curioso? Então vem comigo que vou te explicar tudo SEM SPOILERS.
O Mundo é Um Palco
Vamos começar pela polêmica parte musical, ela foi encaixada na história de forma natural e nos lembrou que no primeiro filme, Coringa já gostava de uma música para sair da realidade, mas agora, com uma dupla amorosa, o mundo lúdico do insano casal, ganha mais cor.
Porém, a personalidade de Harleen Quinzel e Arthur Fleck são extremamente diferentes dos quadrinhos, desenhos e outros longas que conhecemos. A partir do momento que aceitamos que se trata de um outro universo, acaba se tornando um pouco mais aceitável.
Particularmente, confesso que faltou mais atitude no incrível Coringa vencedor do Oscar de 2020. O personagem ficou limitado e sua insanidade, que é o que faz as pessoas amarem e temerem o personagem, ficou muito contida, dando muito espaço para a música e menos para a loucura e essência do Coringa.
Narrativa Arrastada e Sem Novidades
O longa "Coringa", nos contou a história de Arthur Fleck de forma lenta, até ele se tornar, de fato, o temido palhaço da cidade de Gotham. Nós trazendo uma narrativa longa e detalhada que nos faz entender a mente do vilão.
A continuação, "Coringa: Delírio a Dois", não entrega nada de novidade na história, apenas revive os acontecimentos do primeiro, explorando coisas que já foram ditas e tentando humanizar o Coringa.
A todo momento, fiquei aguardando pela insanidade de Coringa ou Arlequina, para fazer loucuras, explodir tudo! Mas nada acontecia, o longa foi se tornando cansativo pois permaneceu o mesmo cenário e mostrando um Coringa meio desanimado e quando as coisas começam a acontecer, simplesmente não acontecem.
Fotografia impecável
O que se manteve muito belo, foi a fotografia do filme. Mantendo a mesma tensão e suspense do primeiro filme, que conseguiu nos chocar, "Coringa: Delírio a Dois" traz a mesma atmosfera e um pouco mais claustrofóbica.
É triste pensar que a caracterização, a insanidade depositada nos personagens por Gaga e Phoenix, não foi tão bem aproveitada numa narrativa presa à "realidade", pois tenho certeza que se os personagens estivessem soltos por Gotham, o longa com certeza seria tão intenso e marcante como o primeiro.
Vale a pena ter um Delírio a Dois nos cinemas?
Se você quer ver para acabar logo com a curiosidade, vá assistir sim, pois você receberá uma obra muito bem produzida e bem feita, mas não garanto que não vá se entediar em certo momento da trama.
Então prepare seu lanchinho reforçado e vá curtir um cineminha insano a dois.
É isso nerds! Um abraço e que a Força esteja com vocês.
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