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Bohemiam Rhapsody – Crítica

Dono de uma voz marcante e front man de uma das bandas mais icônicas de todos os tempos, performances incríveis e seu talento nato de entreter o publico como ninguém, Freddie Mercury  se tornou uma das figuras mais populares e adoradas da historia da música. Como muitos astros de seu tempo, Freddie levou uma vida polêmica e cheia de excessos e infelizmente pagou um preço caro por isso. No final dos anos 80 o cantor descobriu que estava com o vírus da AIDS, e acabou falecendo em Novembro de 91.  Com canções que são verdadeiros clássicos o legado de Freddie ainda vive  nos corações de milhões de fãs que até hoje enaltecem a obra desse ícone do Rock mundial. E é com esse clima de homenagem que chega aos cinemas Bohemian Rhapsody, longa que conta a trajetória do jovem Farrohk Bulsara, desde os tempos de carregador de bagagens, até se tornar Freddie Mercury, a estrela do Queen.

Já falando sobre filme, o roteiro optou por seguir uma linha mais direta e não perde muito tempo com detalhes menores, o que acaba sendo bom, pois sobra mais tempo para desenvolver as partes mais interessantes da história que requerem mais atenção, como os relacionamentos de Freddie e toda a trajetória de seu sucesso junto ao Queen. Prova disso é que em poucos minutos de projeção já temos o protagonista se juntando a Brian  May e Roger Taylor, e dano inicio a banda.


Algo que gostei bastante no filme é o fato de que além do longa se tratar da biografia de Freddie, o Queen em si tem bastante destaque, pois temos momentos que mostram o  do processo de criação de algumas músicas importantes de sua carreira e a recriação de vários momentos clássicos da banda, como vídeo clips, shows históricos e apresentações de tv. Ainda no quesito banda, um dos pontos altos do filme a caracterização. Os atores estão excelentes representando os membros do Queen. Dá pra notar que fizeram um excelente trabalho de pesquisa, pois os trejeitos, figurinos e personalidades são muito bem reproduzidos, principalmente nas performances da banda. Apesar de Remi nos entregar um Freddie Mercury muito convincente, acho que no seu caso a caracterização acaba causando um pouco de estranheza, devido a prótese dentária que teve que usar para se parecer mais com Freddie, mas não é nada que chegue ao ponto de estraga sua brilhante atuação.

Eu diria que o filme foi bastante pontual ao abordar sua conturbada vida pessoal longe dos holofotes, abordando seus romances, excessos e decisões “erradas” ao longo dos anos. Em determinado momento do filme cheguei a tomar uma certa antipatia do cara por algumas atitudes babacas que ele acaba tomando, quando sua carreira e megalomania estavam no auge. Mas logo em seguida o roteiro facilmente reverte a situação, pois é ai que Freddie tem o baque que o faz voltar a realidade, ao receber a noticia de que está com AIDS. E mais uma vez Remi brilha em sua atuação, pois apenas com olhares o cara consegue expressar toda a tristeza e peso que alguém deve sentir ao receber a noticia de que está com uma doença terminal que foi o resultado de um estilo vida que ele próprio decidiu viver. A cena em que ele conta sobre a doença pra seus amigos de banda é lindíssima, e uma das mais emocionantes do filme.

Mas rapidamente a tristeza vai embora, por que logo em seguida vem um dos melhores momentos do longa, a tão aclamada apresentação da banda no Live Aid de 1985. E se anteriormente eu disse que o filme brilha no quesito caracterização, e reapresentação da banda, aqui temos a coroação de tudo isso. Pois recriaram perfeitamente esse momento histórico do Queen. E fica bem evidente que o roteiro deixa este capitulo para o final justamente para celebrar esse fenômeno  mundial que a banda foi. É impossível ver este momento recriado e não se emocionar. Por mais que já tenhamos visto a banda em ação durante o filme inteiro, é somente ali que conseguimos sentir a magnitude do que os esses caras representaram no cenário musical, através de toda a energia contagiante que Freddie passava ao publico durante as apresentações. E por mais que ele não esteja mais entre nós seu legado ainda vai perdurar por varias e varias gerações, pois como bem diz uma de suas ultimas canções… The show must go on!!!

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