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A Primeira Noite de um crime -“A noite que mudou a América”

A Primeira Noite de um crime traz a estória da origem sobre o evento “Expurgo” mostrando, como já diz o título, o começo da “tradição”. Inicialmente, a película teria lançamento direto em Home vídeo no Brasil, porém, a Universal Pictures mudou de estratégia e decidiu lançá-lo em 27 de Setembro de 2018. A direção desta vez ficou a cargo de Gerard McMurray que contou com a roteirização de James DeMonaco quem dirigiu os filmes anteriores.

É interessante contextualizá-los:

Uma noite de crime de 2013 inaugura a franquia consolidando uma atmosfera de suspense muito peculiar. Além de ter como trunfo um elenco que conta com Ethan Hawke e Lena Headey. A sequência, Uma noite de crime: Anarquia de 2014, mantém esta construção da atmosfera e tem cenas de ação com um desenvolvimento melhor. O último filme, 12 Horas para sobreviver: o ano de eleição de 2016 , traz personagens mais cativantes e uma aproximação maior com a realidade. Os três filmes arrecadaram aproximadamente 315 milhões de dólares e o crescimento da franquia continua, contando agora, com uma expansão para a TV no formato de série.

A Obra estreou nos EUA em 4 de julho de 2018, data bastante sugestiva, certo? As comparações com o cenário atual desse país com a “nação fictícia” do filme são inevitáveis, o paralelo é feito quase que imediatamente. A premissa do filme é que “esta noite permite que as pessoas se libertem do ódio e da violência que elas guardam dentro delas”. Um novo partido surge e torna-se mais influente do que Democratas e Republicanos , o NPFA (Novos Pais Fundadores da América) que sustenta a necessidade de realização do experimento porque o “sonho americano está morto”. A idéia é que nesta noite em que os crimes podem ser cometidos livremente sem qualquer tipo de punição, haja uma catarse social e propicie o renascimento de uma nação fortalecida.

O local escolhido para a realização do evento é Staten Island um distrito de New York que, não coincidentemente, no filme tem uma concentração de população menos favorecida e oprimida. O governo juntamente com a Psicóloga May Updale (Marisa Tomei) insiste que a “violência é libertadora” e que o experimento precisa obter sucesso custe o que custar. (será?)

Vivenciamos situações grotescas de violência física e psicológica tendo como pano de fundo um viés político gritante, o que pode ser constatado em vários momentos do filme,e, que se destaca, com a manipulação direta por parte do governo que oferece à população local a “chance” de receber 5 mil dólares caso permaneçam as 12 horas em sua região e sobrevivam. Existe um incentivo maior para as pessoas que participam ativamente dos crimes. Bizarro!



Pena que esta argumentação não se sustenta e o que ocorre na obra é uma sucessão de clichês e cortes sem propósito o que nos impede de ter uma clareza sobre o que estamos realmente vivenciando. Os ditos “vilões” são frágeis especialmente “o esqueleto” que é muito caricato e irritante. As “vítimas” não nos cativam ao ponto de torcermos pelas mesmas e, a meu ver, não fariam falta se fossem substituídas.



O filme peca por não ter mais o fator ineditismo do início da franquia e por não promover uma ambientação adequada que propicie o suspense, o terror e a identificação com os personagens. Em contrapartida, a trilha sonora é excelente e funciona muito bem nas cenas de ação!

Sirvo 4 em 10 Pães de Queijo bem desajustados!

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