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Foto do escritorDaniel Miranda

A banalização do streaming: seus dias estão contados?

Hoje em dia já vemos as mudanças causadas pela chegada da Netflix no Brasil. Um serviço de streaming aliado a uma grande oferta de filmes, séries e documentários, plataformas acessíveis e um preço amigável fez com que esse serviço de streaming caísse nas graças dos brasileiros.

Essa inovação permitiu ver que as pessoas recorriam à pirataria não apenas por não querer pagar por um produto – como, no caso, a tv a cabo – mas porque era conveniente, e foi aí o pulo do gato das plataformas de streaming, como Netflix. Não demorou muito que outras empresas surgissem querendo uma fatia desse bolo: surgiu Amazon Prime, Hulu, TNT Go, Fox, HBO Go, Crunchyroll e os recentes anunciados Apple Tv + e Disney+.

Hoje cada plataforma conta com o conteúdo diferenciado. Por exemplo, a HBO Go contou com milhares de adesões por conta do fenômeno Game of Thrones. Netflix, além de ser a mais famosa pioneira no ramo e a maior das empresas, tem produções como Stranger Things13 Reasons Why, House of Cards, Dark e outras, além de investir atualmente em filmes – que tem concorrido ao Oscar – e animes, embora ainda não consiga competir com o público de CrunchyrollAmazon Prime, aproveitando o hype com super-heróis, recentemente lançou The Boys, além de ter outros títulos de sucesso como This is Us, Mr. Robot, Preacher, Homecoming, The Marvelous Mrs. Maisel e a adaptação de duas obras de Neil Gaiman.

A Disney anunciou, na D23 desse ano (tem podcast aqui) os lançamentos que estarão disponíveis em sua plataforma de streaming, além de todo o conteúdo Disney (incluindo Star Wars e MCU) que será exclusivo desse canal. Com isso, o Mickey vai abocanhar uma gorda fatia do mercado com franquias de grande sucesso de bilheteria.

Os valores oferecidos continuam acessíveis, pensando isoladamente. Porém, pra quem quiser ter acesso a quase todos os serviços, terá de desembolsar uma nota:

» NETFLIX Planos a partir de R$ 19,90 (os valores aumentam a partir do tipo de plano, usuários conectados simultaneamente, etc). 

» AMAZON PRIME VIDEO Plano de R$ 7,90 nos seis primeiros meses,  R$ 14,90 depois desse período.

» HBO GO R$ 34,90 para os que assinam apenas o aplicativo.

» FOX A Fox permite uma assinatura desvinculada das operadoras de TV (R$ 34,90), mas é disponibilizada sem custo adicional para quem já é assinante da tv a cabo.

» GLOBOPLAY Ativa desde 2015 oferecendo produtos exclusivos da Globo, recentemente começou a ter em seu catálogo séries próprias (não lançadas na tv) além de disponibilizar conteúdos internacionais famosos. A assinatura mensal custa R$ 18,90.

» YOUTUBE PREMIUM A assinatura mensal custa R$ 20,90. Oferece conteúdo original do youtube, que também está investindo em séries e filmes. » APPLE TV+ Está para ser lançado no Brasil e promete, além de acesso ao que for comprado na AppStore, produções exclusivas, todas acessíveis unicamente por produtos da Apple ou algumas smart-tvs. O valor ainda não foi divulgado.

» DISNEY+ Sem dúvidas é um dos lançamentos mais esperados pra esse mercado, considerando até a variedade de filmes e séries que a Disney já possui ou anunciou a produção. Com previsão de lançamento nesse ano para a América do Norte, os preços lá são competitivos. Já no Brasil, a previsão é de lançamento apenas em 2021, o que pode dar um respiro para as empresas que tem serviço no Brasil e que fornecem conteúdo Disney em seus veículos.

É tanta coisa que é fácil a gente se perder entre o que contratar.

Segundo matéria do OlharDigital, a inovação trazida pelos streamings fez com que a pirataria também fosse repaginada, com sites melhorando suas plataformas para ficarem mais intuitivas e o torrent registrando novo pico de acesso.

Mas e a gente que consome esse conteúdo? Onde vamos ficar no meio dessa verdadeira guerra por espaço? E aí, será que realmente vamos pagar a mensalidade de cada um para ter acesso ao conteúdo diferenciado que cada empresa oferece, ou isso será um tiro no pé?

Não dá pra saber ainda o real impacto que essas milhares de plataformas de streamings vão causar. Uma coisa que parece óbvia é que muitas pessoas voltarão a recorrer à pirataria para ter acesso ao conteúdo que quiser, já que parece meio maluco gastar, sei lá, R$ 100,00 no mês para ter disponível três ou quatro streamings para assistir o que quiser. É o cenário mais provável.

Outro cenário provável é que as pessoas mantenham um ou dois serviços fixos e assine outros serviços apenas para consumir determinado conteúdo. É como se eu mantivesse a Netflix e a HBOGo e assinasse a AmazonPrime apenas para maratonar The Boys.

De toda forma, o que eu acredito que não vai mesmo acontecer é que as pessoas passem a aderir a todos ou a maior parte desses serviços, e que em vez disso vão buscar o PopCornTime, por exemplo, para ver apenas um determinado filme ou série. É o que muitas pessoas já tem chamado de “banalização do streaming”, com relação direta ao crescimento da pirataria.

Será que isso vai ser o início da queda do streaming? É ainda cedo pra dizer.

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